A Casa Imaginada

A casa abondonada da rua André Molina em Ivinhema se tornou objeto para a contrução do vídeo A Casa Imaginada, resultado da oficina Faça Você Mesmo, de Carolina Berger no 8º Festival de Cinema do Vale do Ivinhema.

Joel Pizzini lança seu Elogio da Graça no festival do Vale do Ivinhema

A primeira exibição do novo documentário do cineasta Joel Pizzini em Mato Grosso do Sul, Elogio da Graça, aconteceu na última segunda-feira dentro da programação do Oitavo Festival de Cinema do Vale do Ivinhema. Com a presença do diretor, o filme foi exibido no Cinelito, sala Tom Payne, e foi seguido por um debate.
O Elogio da Graça é um filmensaio narrado do ponto de vista de Maria da Graça Sucksdorff, que recria sua aventura no Pantanal, ao lado do consagrado cineasta e naturalista sueco Arne Sucksdorff (1917-2001), durante a realização de um livro de fotografias e da série de reportagens para a televisão sueca Mundo à parte.
 O documentário conquistou dois prêmios no 18º. Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá:  Melhor Vídeo e de Melhor Direção de Montagem para Claudio Tammella e Felipe Rodrigues e foi o mais aplaudido no Festival de Brasília deste ano.
O Oitavo Festival de Cinema do Vale do Ivinhema é realizado pela Fundação Nelito Câmara e conta com uma Mostra de Cinema Latinoamericano, que nesta edição tem a temática Minha Terra Tem Cinema, além de uma mostra competitiva de curtas e oficinas relacionadas à sétima arte.

Estão abertas as inscrições para as oficinas de cinema

Joel Pizzini

A Subjetividade Objetiva: O documentário de Criação [7 a 9 às 13h]

Com objetivo principal de proporcionar uma reflexão sistemática e
produtiva sobre as estratégias para a construção da linguagem de um filme documentário, a oficina propõe uma análise das relações entre os temas adotados e os possíveis métodos empregados para a transfiguração
da realidade. As estratégias de aproximação e apropriação de temas,
analogias estéticas e metodologias de investigação histórica, serão
contrapostas e expostas aos participantes no sentido de apontar as
inúmeras possibilidades narrativas que dispõe um projeto documental.
Aspectos conceituais, a influência do modo de produção, envolvendo
inclusive a composição da equipe, serão questões discutidas durante a oficina.

Cineasta que começou em 1990 com um filme entre o documentário e o experimental dedicado ao poeta Manoel de Barros, Caramujo-flor, que, entre outros prêmios, foi escolhido o melhor curta-metragem do Festival de Huelva, na Espanha. Em seguida, realizou dois filmes dedicados à pintura: em 1995, O pintor, sobre a vida do artista plástico Iberê Camargo, e, em 1996, Enigma de um dia, inspirado num quadro do italiano Giorgio De Chiricco. Seu interesse pela poesia e pelas artes plásticas levou-o a montar uma série de instalações com projeção de filmes, como As quatro estações, de 1998. Nascido no Rio de Janeiro em 1960, antes de realizar seus primeiros filmes foi assistente de direção de Sylvio Back em Guerra do Brasil (1986). Realizou uma série de documentários para televisão sobre intérpretes de cinema, entre eles, Leonardo Villar, Othon Bastos e Jece Valadão. Para cinema dirigiu também diversos documentários de curta e longa-metragem, com destaque para o longa 500 almas (2004), vencedor do prêmios de melhor fotografia, trilha sonora, som e montagem no Festival de Brasília, e prêmio de melhor documentário pelo júri oficial do Festival do Rio de 2005.

Francis Vogner

História do Cinema [7 a 12 às 14h]

Curso de História do cinema visa fazer uma introdução aos principais períodos, escolas e estéticas da arte cinematográfica do passado e de hoje e um panorama dos principais diretores e movimentos cinematográficos. O curso também propõe uma educação para o olhar, a fim de que os alunos possam se capacitar para entender e fazer leituras dos mais variados tipos de filmes.

Francis Vogner dos Reis é crítico de cinema, cofundador da revista Cine Imperfeito, colaborador das revistas Filme Cultura, Teorema, Miradas del Cine (Cuba), La Furia Umana (Itália), Cahiers du Cinéma España e Foco Revista de Cinema, além de escrever, por cinco anos, para a Revista Cinética. É professor de cinema, produtor de mostras e roteirista.

Marcelo Müller

Roteiro cinematográfico [8 a 12 às 14h]

A proposta da oficina é permitir ao estudante o conhecimento básico da construção da narrativa audiovisual e utilizá-lo como estímulo para a discussão do universo que circunda os jovens. Pretendemos falar brevemente sobre as estratégias dramatúrgicas encontradas em diferentes tipos de audiovisual: cinema de ficção e documentário, televisão, vídeo e internet, para analisar suas características de acordo com as necessidades de cada um dos meios. Durante toda a semana será desenvolvido individualmente um pequeno roteiro cinematográfico para curta-metragem de ficção.

Marcelo Müller é mestre em Ciências da Comunicação no Programa de Pós Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo. Formou-se em 2001 pela Escuela Internacional de Cine y Televisión (EICTV), de Cuba, na especialidade de Direção e em 2003 no Curso de Cinema e Vídeo da Escola de Comunicações e Artes da USP (2002), na especialidade de roteiro.

Carolina Berger

Faça você mesmo [10 a 12 às 9h e às 14h]

Voltado para público jovem, para quem gosta de registrar seu cotidiano ou memorias pessoais com câmeras amadoras, o curso Faça Você Mesmo ensina como utilizar de forma criativa equipamentos de vídeo e fotografia doméstica. O curso trabalha as diferentes etapas do processo de criação de uma obra audiovisual através de exercícios práticos e de análise de obras totalmente concebidas com equipamentos pessoais.

Carolina Berger é artista audiovisual, graduada em jornalismo pela UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e mestre em Documentário Cinematográfico na Universidad del Cine, Buenos Aires. Desde 2000 trabalha com produção audiovisual, especializando-se em direção, roteiro, e em difusão de conhecimento sobre documentário, cinema e vídeo experimentais. Em seus trabalhos como diretora e roteirista prioriza um universo poético construído através da experiência cotidiana, trabalhando com noções que entrelaçam tempo e espaço na construção formal da obra. Ao seu universo poético soma-se a busca de novas linguagens e parâmetros estéticos possíveis com estruturas de produção simplificadas.

Mostra Minha Terra Tem Cinema

BR - Cinema, Aspirinas e Urubus [Marcelo Gomes, fic, 2009, 104min]

AR - El Viento no se Llevo lo que – [Alejandro Agresti, fic, 90min]

BR - Saneamento Básico [Jorge Furtado, fic, 2007, 112min]

BR - O Tapete Vermelho [Luiz Alberto Pereira, fic, 2007, 102min]

BR - Cinema de Lágrimas [Nelson Pereira dos Santos, fic, 1995, 92 min]

BR - Baile Perfumado [Paulo Caldas e Lírio Ferreira, fic, 1996, 93min]

AR - Fantasma [Lisandro Alonso, fic, 2007, 63min]

BR - Cine Mambembe [Laís Bodanzki e Luis Bolognesi, doc, 1997, 56min]

PE – Sueños Lejanos [Alejandro Legaspi, doc, 2006, 52min]


Curtas:

BR - Regard Edgar [Emílio Gallo, Gustavo Jardim e Joel Pizzini, doc, 2010, 8min]

NC - Cinema Alcázar [Florence Jaugey, fic, 1998, 11min]

BR - Tela [Carlos Nader, fic, 2011, 15min]

BR - Mini Cine Tupy [Sérgio Bloch, doc, 2002, 10min]

CH – Aquel Lugar Llamado Cine Plaza [Ricardo Nuñez, fic, 2009, 15min]

CU – Filiberto [Julia Amanda García, fic, 2008, 11min]

BR - Curta-metragem Metalingüístico de Baixo Orçamento [Byron O´Neill, fic, 2004, 8min]

O Festival Vai Começar